Filha de Artur Duarte e de Ana de Oliveira, Alzira de Oliveira nasceu em Nodar – freguesia de São Martinho das Moitas, a terra do pai. 

Com 10 anos, já andava na resina e, no final de cada jorna, ainda ia apanhar comida para o gado. A década seguinte viria a ser passada a servir, como era comum acontecer naquela época em casas mais abastadas.  Alzira de Oliveira fala de uma vida difícil, de muito trabalho e, por vezes, de alguma fome. 

Por volta dos 22 anos chegou ao Gafanhão, onde viria a conhecer Manuel de Oliveira, chegado de Lisboa, que tinha sido motorista num armazém de vinhos durante cerca de 10 anos. Com as poupanças que tinha juntado, o casal investiu em terras. 

O trabalho do campo, as relações interpessoais, as festividades populares fazem também parte dos testemunhos aqui partilhados e que constituem um retrato sociológico da sociedade de então.