Durante vários anos, a emigração levou Artur Nogueira até à Alemanha, mas as recordações da infância e do Rancho Folclórico de Carvalhal de Vermilhas nunca deixaram o seu coração.

Foi em Vermilhas que nasceu e passou a mocidade, pautada por “momentos felizes”. “Cantávamos e divertíamo-nos”, recorda, falando, com saudade, das danças, usos e costumes da aldeia.

Como sempre teve “queda para a brincadeira”, a sua participação ficará ainda ligada aos entremezes, que eram escritos pelos moradores e representados em diversos locais. Por onde quer que passassem, os textos, com cantorias pelo meio, “faziam rir até os mais carrancudos”.

A matança do porco é outra dessas tradições que lhe preenchem as memórias. Daqui saía “a carne pura”, os rojões que eram depois confecionados com um pouco de banha em panelas de ferro com três pernas e as fêveras conservadas em panelas de barro vermelho vidrado.

Já no que diz respeito à beleza da paisagem e aos encantos da aldeia, Artur Nogueira realça a serra florida, a mancha de folhosas e a água em abundância.