Natália Vieira, de 55 anos, natural da Ilha Graciosa, no Arquipélago dos Açores, e residente em Vouzela, confessa-se uma “apaixonada por flores”. Talvez por isso não seja de estranhar que tenha escolhido um vaso de cíclame.

Tirou o curso de florista, porque não resiste a tudo o que seja planta, mas não gosta de ter de as cortar. Pelo contrário, costuma dizer que “as multiplica e as leva a passear para outro lado”.

“As flores transmitem vida, alegria e entretenimento, tudo o que é bom”, defende, recordando que a paixão é antiga. No quintal de casa do pai, por exemplo, havia um lugar escondido com canas, que Natália Vieira usou como jardim. “Tudo o que dava flores recolhia, mesmo que fossem ervas daninhas”, graceja, garantindo que, não raras vezes, era vê-la entretida e dedicada ao seu refúgio.

Dedicação e amor, a que se juntam terra e água, são, na sua opinião, os ingredientes básicos para que tudo germine e cresça. “Tinha uma roseira no meu jardim que nunca dava flores e um dia disse-lhe que se não desse flores a cortava. E a partir daí floresceu. É o gosto que dedicamos ao que gostamos”, sublinha.