Com mais de quarenta anos de experiência no ramo hoteleiro, metade dos quais com a atividade termal em funcionamento, Álvaro Francisco tem um repositório de memórias e casos de sucesso de pessoas que se curaram nas Termas da Piedade, cuja sociedade de exploração adquiriu na década de 80 do século passado, depois de longos anos sob a égide da municipalidade e de ter passado por outros particulares.

Houve um caso que o marcou de forma particular e que relata, num testemunho emocionado.

Manuel Francisco, empresário ligado ao ramo da madeira, era um homem bem constituído em altura e peso, mas cuja doença o tinha deixado com uma aparência debilitada, “só pele e osso”, e a ter de recorrer a muletas. “Já tinha estado internado em cinco unidades hoteleiras” e estava em casa à espera de morrer, acreditando que não haveria outra solução para os seus problemas urinários.

Um dia, um fornecedor de Lisboa, que vinha todos os anos fazer tratamento às Termas da Piedade, foi visitá-lo e aconselhou-o a vir experimentar. “Curou-se”, exclama.

Quando, mais tarde, em conversa com Álvaro Francisco, soube que o empresário tinha a exploração da estância termal, disse-lhe: “se eu soubesse que aquilo se vendia, quem comprava era eu. Por me ter curado lá, dava todo o dinheiro”.