A vida de Maria Adélia e do marido, Aníbal Branco, confunde-se com a história da Pensão das Termas. Ainda antes do 25 de Abril de 1974, já exploravam o alojamento e o café que ficava no rés-do-chão. As águas termais, numa primeira fase acartadas a cântaro e posteriormente canalizadas para o edifício, eram pertença da Pensão e um motor de atracção para os hóspedes, que aí encontravam “um pequeno balneário”.
Relata Maria Adélia que o banheiro começava pelas três ou quatro horas da manhã a preparar os banhos e chamava os clientes nos quartos e no fim desinfectava as banheiras. E o processo era repetido até que todos os clientes, que ficavam depois “na cama a transpirar”, tivessem sido abrangidos. No edifício, o Dr. Manel Pessoa dava consultas e prescrevia as indicações de acordo com cada doente.
Apesar de muito trabalho, a proprietária conta que “havia alegria”.
Após a Revolução de 74, o casal comprou o empreendimento e as águas terão sido vendidas por um preço simbólico de 100 escudos à Câmara de Tondela.
Mais tarde com a construção do balneário alteraram-se as rotinas mas a fama da actual Casa das Termas, onde se “criam amizades para toda a vida”, mantém-se.