A função de Noémia Calado, Relações Institucionais da Água de Luso e da Sociedade que tutela a marca, está muito ligada às Termas e ao Grande Hotel de Luso, tendo passado, em 2004, pela gestão termal, uma experiência que considera “muito enriquecedora”. O contato com o público, os resultados muito positivos referidos pelos aquistas e que ajudavam a “passar muito melhor o Inverno” e uma equipa que se destaca pelo carinho e atenção com os utentes são alguns dos aspetos que recorda.
Em termos de história, Noémia Calado fala das propriedades terapêuticas que foram oficializadas em 1852, quando o Dr. António Augusto da Costa Simões realiza, pela primeira vez, uma análise química à água do Banho de Luso. Em 1903, a administração da Sociedade para o Melhoramento dos Banhos de Luso procura ter uma evidência técnica sobre as potencialidades deste recurso e o químico francês Charles Lepierre realiza, pela primeira vez, uma análise bacteriológica, classifica-a de “Água muitíssimo pura”.
E é, conforme nota a responsável, esta caracterização que marca a história do logótipo do rótulo da Água de Luso, há quase nove décadas, e da escultura da Buvete do Balneário Termal, pouco tempo depois da remodelação de 1934. Na época, os três fundadores da Sociedade Para o Melhoramento dos Banhos de Luso – Dr. António Augusto Costa Simões, Dr. Alexandre Assis Leão, Dr. António Francisco Diniz – pediram ao mestre e escultor João da Silva um rótulo que transmitisse pureza. Em 2011, depois de um apelo público, chegou-se ao contato com Maria de Lurdes Nunes Rocha, a menina que posou a beber água e serviu de modelo para a escultura “Pureza” que se encontra visível no Casino.