Milhares de pessoas juntam-se, anualmente, para assistir à recriação do Cerco de Almeida, que se realiza no último fim-de-semana de agosto. “A história foi triste mas agora festeja-se”, explica Idalina Vaz, residente no concelho.

A nossa interlocutora refere-se ao marcante episódio que fez com que Almeida caísse nas mãos das tropas francesas, durante a terceira invasão napoleónica. E é assim que recuamos a 1810, numa organização da Câmara Municipal de Almeida e do Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida.

No último fim-de-semana do mês de agosto, a vila recebe um vasto programa de atividades histórico-militares e animação de época permanente para toda a família. Há visitas encenadas, recriam-se diversos combates entre as Tropas Aliadas e o Exército de Napoleão, ergue-se o Acampamento Histórico-Militar e faz-se o Mercado e o Baile Oitocentista.

Chegam recriadores de várias nacionalidades e, vestidos a rigor, com bases documentais e adereços, evoca-se a história e recorda-se, por exemplo, a explosão do paiol, a 26 de agosto de 1810, que levou à destruição do Castelo, cujas ruínas são classificadas como Monumento Nacional desde 1928.