Júlio Penetra, de 74 anos, “praticamente nasceu nas termas”, onde ambos os pais trabalharam durante 40 anos, pelo que desde miúdo se habituou aos corredores da Água de Luso.
Dada a sua experiência profissional, foi diretor de recursos humanos da empresa durante 33 anos, os últimos quatros dos quais acumulou com a responsabilidade da gestão termal, “tendo em vista o desenvolvimento de um projecto que pretendia mudar o seu modelo e o conceito, que estava numa fase já de alguma paralisia”, e que acabou por concretizar-se apenas em parte.
Já no que diz respeito às suas funções no serviço de pessoal, destaca uma experiência “muito rica”. Esta ‘viagem’ começou em 1974, um mês antes do 25 de Abril, “que veio transformar tudo a nível laboral”, e contou com as diretrizes do administrador José Navarro, “que vinha com uma experiência larga na Central de Cervejas”.
“O desafio era implementar uma gestão de recursos humanos mais desenvolvida. A primeira medida que me mandou implementar foi uma atualização geral dos salários, que passou a ser uma preocupação permanente, de tal modo que o salário mínimo nacional nunca mais teve qualquer impacto na empresa”, recorda Júlio Penetra, dando também ênfase à adoção de novas condições laborais, à criação de uma cozinha com confeção própria e de um refeitório e a outras regalias.