O rei D. Afonso Henriques é uma figura central da história das Termas de São Pedro do Sul. Em 1152, outorga a carta de foral à Vila do Banho, um núcleo que viria já do período romano e que potencia o progresso e o aumento da população, que vai crescendo, juntamente com o comércio e serviços, na margem oposta ao complexo termal.

Em 1169, no decurso da Batalha de Badajoz, de onde saiu derrotado e gravemente ferido numa perna, o monarca regressa para procurar alívio nas águas das Caldas Lafonenses. Aqui ficou entre setembro e novembro, com a Corte, três filhos e o Clero, incluindo o arcebispo de Braga, D. João Peculiar, uma das mais importantes figuras políticas e religiosas da época e que se acredita ser lafonense.

Verdadeira capital do reino de Portugal durante esse tempo, o monarca implementa obras de requalificação e o edifício termal apresenta-se como o grande motor de desenvolvimento da região.

A narrativa de Eduardo Oliveira leva-nos também aos tempos de D. Manuel I, que procura as afamadas águas no século XVI, surgindo então a designação Real Hospital das Caldas de Lafões. Aqui promove uma remodelação profunda, que viria a prolongar-se durante mais dois séculos.