O testemunho de Joaquim Guedes, diretor técnico das Termas do Carvalhal, é a base de partida para uma viagem pelas características da estância termal.

Supõe-se que a origem destas águas minerais esteja ligada a uma falha sismo-tectónica paralela à falha de Verín-Penacova, entre os 2000 e os 2500 metros de profundidade.

Numa primeira etapa, conta o responsável, as águas surgiram, naturalmente, em nascentes, no designado Granito de Alva, que alimentavam as Termas. Mas, a partir dos anos 70 do século passado, dada a sua vulnerabilidade e os riscos de contaminação, a estância passou a funcionar com furos devidamente protegidos para evitar infiltrações.

O mais recente foi feito no início deste século. Com 600 metros de profundidade, encontra-se isolado até aos 100 metros e a água, que atinge um caudal na ordem dos 15 litros por segundo, emerge a 60 graus. Esta captação veio juntar-se a duas já existentes. Na primeira, com cerca de 60 metros, a água encontra-se a 42 graus e o caudal ronda os sete metros cúbicos por hora, ou seja, dois litros por segundo; e no segundo furo, com 85 metros, o caudal e a temperatura são menores, a rondar os 27 graus.

A escolha da sua localização, explica Joaquim Guedes, resulta da análise de uma conjugação de parâmetros, como a cartografia geológica e fotografia aérea em estereoscopia.