Ao longo do tempo, o movimento nas Caldas da Felgueira tem-se apresentado como um motor para o sector comercial, conforme recorda Neide Pires.
A empresária transporta-nos na história, quando a desativada Pensão Maial e o Grande Hotel acolhiam as classes sociais mais endinheiradas. As gorjetas que recebiam eram usadas pelas jovens da aldeia para preparar o enxoval de casamento ou dos filhos, a manutenção da casa e a compra de bordados. Já os aquistas vinham encomendar lembranças para levar.
“Os hábitos modificaram-se”, conta a octogenária, que comenta ainda guardar os livros de contas desses períodos “muito gratificantes”.
Neide Pires não tem dúvidas de que “o que existe tem qualidade”, mas é preciso recuperar essa época dourada, o que se faz olhando “mais para a terra e pelas infraestruturas públicas”.