A região do Oeste presenteia-nos com elementos únicos e que se entrelaçam: a brisa do Atlântico, as praias que se sucedem às falésias, os rios, montes e vales, entrecortados com campos de cultivo e vinhedos.
Quer fosse em terra ou na faina em alto mar, há meia dúzia de décadas, a vida era difícil e o trabalho árduo, com as jornadas a prolongarem-se de sol a sol, a troco de poucos tostões.
Agora, sublinha Fernando Garcia, um morador da região do Vimeiro, “as coisas estão melhores”, mas, no seu tempo, era desde tenra idade que os miúdos eram chamados a contribuir para o sustento da casa. Foi o seu caso, que aos sete anos começou a trabalhar no antigo Hotel das Termas, onde ajudava a “transportar as malas dos hóspedes”.
E ainda antes de partir à aventura mundo afora, com experiências na restauração, na hotelaria e na Marinha Mercante, as suas memórias estão ligadas a este território. “No Verão, as Termas estavam sempre cheias”, com o bulício do dia-a-dia a ficar marcado pelos passeios das famílias entre Maceira e a praia e a animação das merendas que eram partilhadas.
Ainda hoje, salienta Fernando Garcia, as termas continuam a ser um “importante” ativo económico e social para a região.