Embora resida na cidade da Guarda, onde trabalha em meio hospitalar, Teresa Carvalho nunca perdeu a ligação às suas raízes em Manteigas e as memórias surgem em catadupa.
“Há 60 anos havia convívio, chamavam-se os amigos e corria-se na rua, as chaves ficavam na porta”, recorda, contrapondo que hoje “os miúdos ainda jogam à bola na rua, mas menos”.
A população manteiguense, nota a aquista, é “muito comunicativa”. “No inverno, a paisagem é mais sombria, tem outro encanto. As pessoas estão mais em casa, mas não se sentem isoladas. Há sempre atividades”, salienta, adiantando que a vila conta “com duas bandas de música, equipa de futebol e grupos corais da igreja, faz peças de teatro e teve rancho folclórico”. “Todas as atividades são salutares e positivas e contribuem para a convivência na comunidade”, considera, acrescentando que “ainda há um forno comunitário onde se coze o pão”.
A estes valores juntam-se as termas, que, além de contribuírem para a promoção da saúde, conquista turistas e visitantes, constituem uma fonte de receita económica, ao nível dos alojamentos. “As Termas de Manteigas são únicas, pela sua envolvência com a natureza, e nota-se que conquistam cada vez mais adeptos”, conclui.