Acredita-se que as águas termais de Longroiva sejam conhecidas desde os tempos pré-históricos e que, posteriormente, as suas características terapêuticas não tenham passado despercebidas também aos romanos, que ocuparam o território vizinho do castro de Longobriga durante centenas de anos. Já as referências históricas mais remotas ao seu valor medicinal remontam ao séc. XVII, com o reconhecimento oficial a chegar no século seguinte.
Desde então, as memórias da estância termal fazem-se de altos e baixos, mantendo o seu papel de atrair forasteiros, que aqui vinham veranear e tomar banhos. Assim acontecia no antigo balneário termal, de cariz neoclássico, mesmo apesar das condições precárias.
Helena Berrelha transporta-nos até esse período, em que “a água era tão boa que as pessoas não se importavam das condições de acolhimento”, e conta que os colchões eram cheios com palha e dispostos no chão. Quem podia pagar, ficava em casas particulares.
“Travaram-se amizades e conhecimentos”, garante a antiga funcionária, realçando os testemunhos que os termalistas partilhavam sobre os benefícios das águas ao nível do bem-estar, na diminuição da inflamação das articulações e na toma de medicação.