Testemunho de um trabalho árduo e de aguçada inteligência, os fornos de cal, como aquele de que nos fala o professor Fernando Freire pelas ruas de Ansião, representavam um processo duro e difícil, no qual estava envolvida meia dúzia de pessoas, que iam garantindo que tudo corria dentro da normalidade, nomeadamente ao nível da segurança e prevenção de incêndios. E para que isso se concretizasse, havia o cuidado de roçar o mato na zona envolvente, que era depois transportado para os currais dos animais, servindo-lhes de cama e, posteriormente, de estrume para adubar as terras.

O fabrico da cal, elemento preponderante a vários níveis (construção civil, agricultura, indústria e não só), acontecia uma vez por ano. A falta de lenha de pinho seca no Inverno e a prevalência das obras de construção civil no período do verão são alguns dos factores apontados pelo professor Fernando Freire.