Maria da Conceição Marcelino chegou a trabalhar no balneário antigo, “um edifício mais pequeno e longe da capacidade do actual”, onde ajudava a irmã na limpeza das banheiras, das quais recorda a pedra de mármore escura. A profundidade das estruturas fazia com que lá coubesse dentro.
Mais tarde, passou para o novo balneário, onde ia aos domingos para substituir a irmã Rosário nas suas folgas. “Eram sobretudo pessoas de idade. Os velhinhos vinham de bengala e tínhamos de ajudá-los a entrar e sair das banheiras”, recorda, acrescentando que, na partida, os auxiliares de marcha já ficavam na Capela de Nossa Senhora da Saúde (que foi depois desmontada e levada para a Quinta da Boavista).
Sendo uma época de grande respeito, nas portas das cabines dos banhos era colocado um letreiro a avisar se estava em tratamento uma senhora ou um homem. A atenção e o carinho para com os aquistas estava sempre presente. “Ainda hoje há pessoas que me ligam”, nota.
O bom e alegre ambiente vivia-se também na localidade, onde havia bailes aos domingos, ao som do acordeão ou do realejo.