Um equilíbrio entre trabalho e repouso e uma ideia de saúde global fazem parte dos reptos que se impõem para o futuro do termalismo, na opinião de José Valbom, médico das Termas do Cró.

“O termalismo só vai sobreviver se a sociedade tiver uma ideia de ecossistema, uma visão humanista da vida”, defende, alertando que, numa divisão entre Litoral e Interior, “temos de dar às pessoas dias para poderem deslocar-se” e tratar de si. Já a nível regional, o desafio dos territórios de baixa densidade passa termos “um conjunto de produtos agregados onde as pessoas se sintam seguras para estar”, pela “competência, boa restauração, boas dormidas, bons caminhos, bons médicos”.

“Não vamos ter futuro se todos não tivermos uma ideia da saúde global, de que, efetivamente, precisamos de trabalhar, mas também precisamos de repouso. A qualidade de vida precisa desta harmonia e isso não se consegue só nas cidades, sublinha o clínico, defendendo que é “como diriam os filósofos antigos, na medida justa disto” que reside a chave. E, sublinha, nesta missão de “haver harmonia em saúde, as termas têm uma palavra a dizer” e podem constituir um ponto de atração para o Interior.