Ao longo dos tempos, os processos e os tratamentos disponíveis foram evoluindo nas Termas do Vimeiro, indicadas para problemas do foro respiratório, dermatológico, digestivo e de circulação. Conta Orlando Isidro, funcionário da estância, que quando começou a exercer funções aprendeu com os colegas, aparecendo mais tarde as formações para os terapeutas.
O atendimento aos termalistas, recorda, fazia-se por ordem de chegada, com os utentes a saírem do “comboio que os transportava até à Fonte dos Frades”. Senhas, chapas e fichas de cores faziam parte do dia-a-dia de trabalho. Em termos lúdicos, havia também um programa de sugestões para quem estava de visita ou a fazer tratamento, com as festas e desfiles a animarem a comunidade.
Hoje, as técnicas são diferentes, mas as etapas estão bem definidas. O primeiro passo é a inscrição, a que se segue a consulta com o médico, que prescreve os tratamentos adequados e a sua duração. Embora os aquistas tenham, nos nossos dias, menos disponibilidade de tempo, Orlando Isidro não tem dúvidas de que “sendo a água um tratamento natural”, os seus benefícios prolongam-se após o regresso a casa.
Mas os atrativos não se ficam por aqui. A beleza da envolvente, o microclima muito peculiar e a localização central são outros dos elogios que o colaborador atribui à estância termal e que deram origem às seguintes palavras, da sua autoria: “Na fonte corrente com calma, diz a água para o jardim: Tratas-lhes tu da alma, que o corpo cabe-me a mim”.