Dioguina Santos chegou ao Lugar do Banho, nas Termas de Alcafache, aos 11 anos. Do seio de uma família com 11 irmãos e sem muitas posses económicas, veio servir e os 30 escudos que ganhava eram para ajudar os pais.
Mais tarde, Dioguina e o marido transportavam a cântaro a água para as banheiras onde se faziam os banhos termais ao domicílio, faziam limpeza aos quartos e enchiam com palha os colchões onde dormiam os hóspedes.
Cada aquista pedia entre oito a dez cântaros por banho, até um máximo de doze.
Sempre que necessário, o latoeiro vinha arranjar as banheiras de folha-de-flandres, que eram depois pintadas de branco.
Numa época de grande dinamismo no território termal, a moradora recorda que as pessoas chegavam de vários lados do país e fazem-se amizades que perduravam.