Manuel Casimiro é “vizinho” do balneário das Termas de Sangemil, pelo que acompanhou o processo de construção do edifício desde o início. Mas as suas memórias transportam-nos ainda antes, quando a “nascente era ainda um charco”, sendo depois vedado com madeira e criado um tanque. Era daí que a água era transportada, à cabeça, para as banheiras que havia nas casas particulares.
As grandes obras vieram depois, modificando o dia-a-dia da aldeia. “Há mais de meio século, era quase uma vila, cheia de vida e de pessoas”, conta. Os moradores viviam da agricultura e da agro-pecuária, serviços que contribuíam para o dinamismo comercial e económico, enquanto os termalistas permaneciam por oito ou quinze dias. “Chegavam de muletas e após o tratamento iam entregá-las à Nossa Senhora da Saúde”, acrescenta Manuel Casimiro.
Para o habitante, a estância precisa de recuperar algum desse fulgor e de dinamismo para aumentar a oferta e o seu potencial.