O Museu do Hospital e das Caldas, em Caldas da Rainha, foi criado em 1999, tendo-se instalado no edifício da antiga “Caza Real”, assim conhecida por nela ter “assistido” a rainha D. Leonor.
Conta Dora Mendes que, estando o complexo termal, o hospital, a mata e o parque agregados ao Centro Hospitalar das Caldas da Rainha (atual Centro Hospitalar Oeste Norte), o museu surgiu da “necessidade de contar a história e valorizar o património”, sendo “um local de interpretação aos bens patrimoniais e à própria cidade das Caldas da Rainha”.

Mais tarde, embora o património tenha sido entregue, por concessão, à Câmara, e o Museu tenha continuado no Centro Hospitalar, “a proximidade geográfica e histórica” tornam os diversos elementos indissociáveis.
“O Museu conta a história da fundação do hospital termal, pela Rainha D. Leonor, e da fundação da vila, em 1511, pela necessidade de dotar o local de serviços e pessoas que trabalhassem para o hospital e garantissem o seu funcionamento”, explica a técnica superior, destacando que Caldas da Rainha era “só um lugar”, que acaba por “nascer das águas”, sendo essa uma das suas “características mais incomuns”.

O núcleo museológico “está organizado de forma cronológica” e a visita termina no Hospital Termal, “com uma vertente mais sensorial, em que o cheiro e o calor da piscina da Rainha fazem toda a diferença”.
Por outro lado, conta Dora Mendes, “o Museu vive também do contexto, como a Capela de São Sebastião, a Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, a Ermida do Espírito Santo, a praça, os chafarizes, o aqueduto, o parque e a mata. Faz tudo parte da história que contamos e porque depois vimos à porta e conseguimos observar os elementos, transportamos o visitante nesta experiência viva”.