Indicadas para o tratamento de doenças reumáticas, musculoesqueléticas e do aparelho respiratório, as nascentes que alimentam a Fonte Santa, de Almeida, devem a sua existência a um vasto conjunto de fraturas subterrâneas associado ao sistema de falhas que atravessa a região. As caraterísticas geológicas das rochas graníticas acabam por dar ao recurso hídrico as particularidades físico-químicas que o tornam ímpar.

Desde o século XVIII que existe conhecimento das nascentes que brotam na margem direita do Rio Côa, numa paisagem onde predominam as rochas graníticas, em contraste com o verde da natureza e o azul do curso fluvial.

Após várias incursões para aproveitamento das águas termais com efeitos curativos, e marcadas por altos e baixos, logo após o 25 de abril de 1974 fizeram-se experiências para revitalizar o complexo termal de Almeida. Maria Espinha foi uma das aquistas que participaram. As condições das instalações eram bastante precárias e, recorda, foi necessário recuperar o edificado e criar condições para o acolhimento de termalistas, que chegavam, não raras vezes, de burro ou a cavalo.

“Mais tarde surgiu um bar, equipamentos mais modernos e a luz elétrica”, aponta.

Desde então que a sua ligação à Fonte Santa, onde faz tratamentos de ORL, vapor à coluna e piscina, se manteve, e Maria Espinha atribuiu às termas o facto de ter ficado sem dores após um grave acidente, em 1997, que a obrigou a usar a cadeira de rodas e canadianas.